Uma perspectiva do olhar de Rosa Virgínia Carneiro de Castro, sobre o Livro A Pele Que Habito de Márcia Christina Lio Magalhães.
No maior órgão do corpo humano que também me habita - a pele – muito antes de a genética tecê-la a nos cobrir, já habitamos a via láctea que é tão nossa e própria dos poetas. Crianças ainda, ouvimos estrelas. O canto do silêncio nos preenche.
Havendo cuidado não existe miséria no sofrimento. Não há menor ou maior alegria. Tudo é único, nada se repete sob o sol que nos veste. Na imensidão da noite bebemos a solidão, na amplidão marinha do firmamento violinos nos tornam canção. Cada olhar, cada amor, cada composição, cada lágrima de saudade que nos mata, cada olhar de abnegação que nos cobre tem o poder de recriar um novo ser melhor do que quando partiu.
Esta pele de poesia que verte a inspiração dos profundos amores que se vão...
A Pele Que Habito, este magnífico livro, reflete em mim como espelho meu... Que maravilha saber que no mundo existe alguém que vê como eu! Somos partículas do mesmo pó que transcende.
Márcia Christina Lio Magalhães lhe digo que A Pele Que Habito é um livro de calmas ondas verdejantes, que velejam e viajam por além-mares. Uma partitura que se mistura em melodia aos corais dos Arcanjos e nas entrelinhas das palavras. Palavras simplesmente sopradas por anjos de asas puras na hora do pôr-do-sol laranja, das páginas que viramos na escada invisível dos espíritos que amam...
Gracias, Márcia!
Rosa Virgínia Carneiro de Castro
Filósofa e Escritora