É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz,
o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer
é o dia carregado de atos, a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos severos conosco,
pois o resto não nos pertence.
(Cecília Meireles - 1962)
Quem sou eu
- M.C.L.M
- São Paulo, SP, Brazil
- A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.
Certo dia, em 2006...descobri essa pérola da Cecília, que me inspirou:
ResponderExcluirLembretes
É preciso não esquecer nada:
nem os sorrisos, nem os olhos brilhantes
nem a palavra, nem o silêncio exato
É preciso não esquecer os sentimentos
Chorar e sorrir se preciso for
Mas nunca esquecer o amor
É preciso esquecer as palavras doloridas
Os erros inevitáveis
E o orgulho insistente
É preciso não esquecer de ver a nova pessoa
Que nasce depois do erro reconhecido
Reconhecer os belos momentos vividos
O que é preciso é esquecer
O dia carregado de atos
Observar o céu de sempre como novo
E não esquecer nosso rosto
O que é preciso mesmo é viver cada dia
Como uma nova chance
Recomeçar sempre com amor renovado
O que é preciso é ser como se já não fôssemos
Amar incondicionalmente
Pois o resto... o resto não nos pertence
Ana Paula Almeida
"Esquecimento" e "memória", as fundações maiores da palavra que nos torna (a brasileiros e portugueses) únicos no mundo: "SAUDADE".
ResponderExcluirBeijinho, Márcia!
Lembrar, esquecer, relembrar...Porém, sempre viver!! Passando para te deixar um beijinho... Ainda não consegui parar pra te responder o email, mas tem resposta tá!! rsrs O selinho depois tbem vou pegar!! Obrigada!! beijos, Ro
ResponderExcluirDeslumbrante Cecília!
ResponderExcluir(Márcia, vc escolhe a dedo os seus posts para homenagear autores... e os seus próprios ficam muito bem entre eles... à altura... sim!)
Bj!