Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

10 de jul. de 2012

Carta Ao Poeta

Acredito sensivelmente que nós mortais precisamos beber deste néctar precioso que é a escrita. Infelizmente, nem sempre somos compreendidos. 
A escrita é lâmina afiada que pode cortar, desamarrar e salvar-nos, como também pode ferir e matar-nos. Fazer-se conhecer através da escrita não é fácil. 
O autor que se desnuda através dela, tem de ter nervos de aço, mas coração de pescador... 
Todavia, enfrenta marés violentas, n'outras mar taciturno...
Nem sempre pode-se colher redes abundantes, pois que o mar muitas vezes nos nega seu fruto. 
O verdadeiro autor não cabe só dentro de si, ele não cabe só num quarto à luz de um abajur, tendo apenas como companheira uma velha, mas fiel escrivaninha, uma cadeira gasta e uma página em branco... Não! O autor é do mundo! 
O mundo espera por ele, quer ouvi-lo, lê-lo, vê-lo, senti-lo... 
Não mate as palavras dentro de seu coração, pois que o verso é santo, forte e livre. 
Não se abandona o barco antes do naufrágio. 
Ainda assim, no fundo do mar, inquieto e silencioso, o barco dorme o sono dos anjos... 
Quem nasce poeta, vive e morre pela escrita! 
Pois que o poeta é um barco, que com o tempo aprendeu a navegar ora em rotas serenas ora turbulentas. 
Dê tempo ao mar, deixe-o apaziguar, 
Pois que o sol, há de brilhar sobre as velas...

(Márcia Christina Lio Magalhães)
Re-editado: Texto publicado originalmente no Blog em Setembro/2010
Publicado no Livro: A Pele Que habito


2 comentários:

  1. "Fazer-se conhecer através da escrita não é fácil.
    O autor que se desnuda através dela, tem que ter nervos de aço, mas coração de pescador..."

    Belíssimo texto querida Márcia, a tua poesia vem em abundante rede.

    Abraço!

    Pedro Saulo

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela presença sempre oportuna querido Pedro.

    Outro abraço...

    ResponderExcluir

Olá, fico feliz que estejas aqui! Agradeço por deixar um aceno, uma palavra, um pontinho que seja da tua opinião.
Faz deste cantinho teu também e volta, sempre! Deixo um beijo, com sorriso... Márcia Magalhães