Acolha-me como se fosse o último gesto em meio a parede de gelo que nos separa a alma. Voa comigo sobre o abismo do passado, veste de luz o farol da dor. Queima a ferida com o fogo das paixões inexplicáveis. Deixa que a voz beije o teu coração, pois que as palavras não sabem morrer...
Ama-me como as águas de um riacho. Quebre o laço do passarinheiro, colhe as ondas do meu mar... Anda sobre as rochas como se fossem pétalas, esmaga em folhas secas as tuas lágrimas. Deixa partir as sombras, quebre a taça, deixe os cacos... Porque o que se procura há de já estar, e o que se tem já não se possui. Pois que para o amor, basta apenas sol, água viva, pegadas na areia, ceia e paz...
(Márcia Cristina Lio Magalhães)
Ama-me como as águas de um riacho. Quebre o laço do passarinheiro, colhe as ondas do meu mar... Anda sobre as rochas como se fossem pétalas, esmaga em folhas secas as tuas lágrimas. Deixa partir as sombras, quebre a taça, deixe os cacos... Porque o que se procura há de já estar, e o que se tem já não se possui. Pois que para o amor, basta apenas sol, água viva, pegadas na areia, ceia e paz...
(Márcia Cristina Lio Magalhães)
Márcia,
ResponderExcluirMuita paz ao ler frases como "colhe as ondas do meu mar" e "anda sobre as rochas como se fossem pétalas" etc, num texto primoroso teu: vou ler-te de novo...
Amplexo mineiro,
Pedro Ramúcio.
Ps. e o verificador de palavras pede que eu digite as letras mimede...
Haverá maior homenagem à Poesia, neste dia 14 (em Portugal celebra-se a 21), que este teu poema, Márcia?
ResponderExcluirPois, mesmo sabendo que "o que se procura há de já estar, e o que se tem já não se possui", importa não esquecer que a Poesia é barco e tempestade, caminho e destino, flecha e alvo, vida... sem morte!
Feliz Dia Nacional da Poesia!
Caro Pedro, obrigada por tão gentis palavras...são por elas que ainda "teimo" em escrever...
ResponderExcluirJorge meu caro, ando numa correria plena que não me dei conta da data...Brindemos sempre a ela, não só neste dia...
E ainda lhe digo que, através da poesia é possível adentrar os caminhos mais recôndidos onde habitam seres imaginários que vivem entre o céu e a terra, entre luz e sombra, entre o possível e o impossível, desta vida que é mais sonhada que vivida...
Fraterno abraço aos dois amigos queridos!!
Márcia