Quem sou eu
- M.C.L.M
- São Paulo, SP, Brazil
- A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.
31 de mar. de 2010
Fragmentos
Foto: M.C.L.M
Do tempo
Sou o vão das horas espaças entre um ponteiro e outro
Da margem do rio que leva em pedras
Rochas pequenas apavoradas d’onde hão de ir...
Da gaivota que sobrevoa oceanos
Sou asa quebrantada pairando no ar
Das flores que borboletas silenciosas teimam beijar...
Sou o pólen que flutua cintilante na aurora das manhãs
Rosa caída, esquecida no espaço laço de algum divã...
Sou deserto, perto longe dos incertos devaneios
Da boemia solta pelos dias das noites do teu coração
Sou imensidão...
Sou verdades das mentiras flechas do arqueador
Das palavras sou a vírgula exata que você amou...
Das montanhas sou a curva íngreme dos teus beijos
E invejosas as estrelas miram meus desejos...
Também fui mar
Arpoador...
Fui areia melindrosa e cheia de receios
Fértil terra, lua mansa sem rodeios
Hoje sou grão, pó de sentimentos
Simples cidadão
Perdido, nas ruas do vento...
(Márcia Christina Lio Magalhães)
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"Rosa caída, esquecida no espaço laço de algum divã...
ResponderExcluirSou deserto, perto longe dos incertos devaneios
Da boemia solta pelos dias das noites do teu coração
Sou imensidão..."
Márcia, que sutileza você tem com as palavras menina!! Isso é um dom, sabia? E um dom daqueles arretados de bom!
abraço, quase sem respirar do fôlego que perdi ao ler teus escritos.
Pedro Saulo
Entre o sopro
ResponderExcluire a silaba
sou a flecha do arqueador
a vírgula das palavras
a curva íngreme da montanha
e o lábio dos teus beijos...
Diz lá, Amiga Márcia, se os dois textos não combinam na perfeição?
Um beijinho!
Pedro, espero que tu tenhas retomado o fôlego... :-)
ResponderExcluirabraços...
Tens razão Jorge amigo, os textos são "par-perfeito"...
ResponderExcluirTu viu que indiretamente, e talvez, in-conciente-mente tenhamos pois, feito o tal dueto que tu um dia havia mencionado?
Pequeno sim eu diria, não chega a ser um Soneto, mas tua estrofe, esta já valeu a pena por um poema inteiro...
abraços Jorge!
Márcia,
ResponderExcluirEis-me aqui, amiguinha meiga minha. Teus 'fragmentos' são deveras versos inteiros. Dentre tudo a destacar, destaco ainda:
"Rochas pequenas apavoradas d'onde hão de ir..."
Vou atrás, ora.
E o 'par-feito' entre ti e o Jorge Pimenta é mesmo singular, e plural...
Abraços, pois:
Pedrim...
Ora, ora, se não é meu sumido amiguinho Pedrim, mineirim, valadarense, comedor de pão de queijo...rs
ResponderExcluirInté que enfim tu resolveu sair da moita, ou seria do mato? rsrs
Gostei do singular-plural...
Todavia, essa pluralidade toda vez por outra me confunde....rsrsrs
Pedrim, fio, tô esperando aquele tal CD via correio... e já adianto que em Fortaleza tá em falta carteiros, mesmo assim, ainda que tardiamente, com endereço e cep a encomenda chega viu?
Amplexos, pois!
E como dirias tu:
Márcia, mineira paulistana que hoje está cearense... :-)
Complimenti per i tuoi racconti!!!
ResponderExcluirFelice Buona Pasqua
Vito
"Do tempo
ResponderExcluirSou o vão das horas espaças entre um ponteiro e outro
Da margem do rio que leva em pedras
Rochas pequenas apavoradas d’onde hão de ir...
Da gaivota que sobrevoa oceanos
Sou asa quebrantada pairando no ar
Das flores que borboletas silenciosas teimam beijar... "
Tu arrasou Má!!
lindo demais.. Parabéns!
Um beijo com carinho e amizade,
Ro
Depois de tanto ser, é impossível virar pó e se perder por aí. Você é tudo junto: um grão inteiro que une todos os sentimentos do mundo num só mundo - esse que carrega dentro de si.
ResponderExcluirLindíssimo texto, Márcia!
Beijoca e muitos chocolates pra alegrar a vida.
Vito, obrigada...
ResponderExcluirVolte mais vezes!!
baccio!
Oi Rô, obrigada muito!
ResponderExcluirFico feliz que gostou...
Obrigada tbm pela ligação inesperada ontem a noite, estreitar nosso laço de amizade "virtual" para mim não tem preço!
Ótima Páscoa pra vc e família!
Vc mora no meu coração amiga!
beijos,
Má
Obrigada Sylvia!
ResponderExcluirFeliz em saber que tu gostou do texto...
Já estou te seguindo nos seus dois blogs, que são ótimos por sinal! Recomendo sem moderação... :-)
beijos,
que o coelhinho da Páscoa te visite com uma cesta cheinha de carinho, poesia, sorrisos, abraços e muuuuuitos chocolates...
Márcia
Márcia...
ResponderExcluirNas ruas do vento encontro tuas palavras, que me dizem de ti algo que mais, muito mais, que um grão de pó de sentimento!
BeijO
AL
Obrigada AS pelas gentis palavras!
ResponderExcluirVolte sempre!!
Amplexos...
Márcia