Ah! traiçoeira morte
Fez-me um pacto enganador
Desabrochei os sentimentos
Numa bandeja de prata colhidos
Tu me prometestes o velo de ouro
O fundo do mar sem fim
A chave dos náufragos tesouros
A taça da eternidade...
Ah, malfadada morte
Fria e insensível
Iludistes meu coração
Fazendo dele uma concha
Que frente ao rochedo da dúvida
Parte-se em míseros pedaços...
Em tempo,
não dei ouvidos ao sábio pescador
que me alertou sobre essa sorte
Dizendo:
Não confieis na morte
Após selado o pacto
Jamais cumprirá o prometido
E ficarás tu perdido
Entre o abismo e o céu....
(Márcia Cristina Lio Magalhães - Maio/2009)
Quem sou eu
- M.C.L.M
- São Paulo, SP, Brazil
- A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.
Permite-me que cite Garrett:
ResponderExcluir"Pescador da barca bela,
Onde vás pescar com ela,
Que é tão bela,
Ó pescador?
Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Ó pescador!
Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela ...
Mas cautela,
Ó pescador!
Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela
Só de vê-la,
Ó pescador.
Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela,
Foge dela,
Ó pescador!"
Ainda assim, e mesmo que no fio da navalha, quem abdica de procurar o mar maior?...
Beijinho, amiga silenciosa...