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São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

29 de jul. de 2009

É Preciso Não Dizer Nada

É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,

o nosso nome, o som da nossa voz,
o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer

é o dia carregado de atos, a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,

vigiados pelos próprios olhos severos conosco,
pois o resto não nos pertence.

(Cecília Meireles - 1962)

24 de jul. de 2009

Nos Salões do Sonho


Mas vocês não repararam, não?!
Nos salões do sonho nunca há espelhos...
Por quê? Será porque somos tão nós mesmos
Que dispensamos o vão testemunho dos reflexos?
Ou, então - e aqui começa um arrepio -
Seremos acaso tão outros?
Tão outros mesmos que não suportaríamos a visão daquilo
Daquela coisa que nos estivesse olhando fixamente do outro lado, se espelhos houvesse!
Ninguém pode saber...
Só o diria
Mas nada diz,
Por motivos que só ele conhece,
O misterioso Cenarista dos Sonhos!
(Mario Quintana)

13 de jul. de 2009

As Rosas Não Falam...


Bate outra vez, com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão...Emfim
Volto ao jardim
Com a certeza de que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim
Queixo-me as rosas mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti
Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas meus sonhos
Por fim
(Cartola)