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São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

27 de jan. de 2012

Entrevista de Márcia Christina Lio Magalhães


Amigos, segue o Link de uma entrevista minha a um querido Escritor e Editor Cultural Selmo Vasconcellos, o qual fiquei honrada com o convite. Para quem me conhece pouco, é uma boa chance de saber mais sobre como e porquê comecei a escrever. Visitem o Blog, deixem suas impressões nos comentários.
Carinhoso abraço a todos... 
M.C.L.M

23 de jan. de 2012

Numa Qualquer Manhã

Tu que me disseste fazer da escrita o óleo santo
Que cura feridas, pranto,
Segura as mãos...
Tolo Setembro,
Que vaga tardio por folhas secas
Que o vento leva sem pudor
Nunca soube nada de amor
Esse canto que acende versos...
O frio sol do esquecimento
É sombra persistente nas manhãs do tempo!
Nem flores de janelas
Nem vitrais
A boca escarnece os cafezais
Da dor...

(Márcia Christina Lio Magalhães)
Trechos do Poema

16 de jan. de 2012

Reunião da Academia de Letras Juvenal Galeno







Reunião da Academia de Letras Juvenal Galeno (em fundação). Novembro/2011

13 de jan. de 2012

Caminhos

Há caminhos onde se quer chegar inteiro,
Caminhos onde os olhos caem, rasos d'água...
Há caminhos por trilhar sozinhos,
Caminhos por chegar solteiros...
São tantos os caminhos, tantas as partidas,
Tantas chegadas, idas,
Em busca de se encontrar...
Mas como chegar?
Nem sempre as placas são legítimas,
Nem sempre as setas são certeiras...
Nos passos deste cidadão, a firmeza da alegria,
Feita em sonho...
Quantas luas, oh Deus, quantas!
Iluminaram nossos pés cansados...
Quantas ruas, quantas!
Mostraram rotas,
Céus e estrelas...
Mar e tempo.
Vasto tempo! 
Companheiro de lua cheia...
Caminhar, perder raízes
Encontrar matizes...
Ver outros pássaros,
Segurar de mãos...
O que espera o velho peito?
Um sorriso,
Plano leito, para a alma repousar...
Um amigo por desfeito,
Certo rio que contornou o mar...
Amigo verdadeiro é terra, poeira dos sapatos
Amigo verdadeiro é chuva, beija lágrimas...
Amigo verdadeiro é vento, refresca o corpo...
Amigo verdadeiro não aposta, não se esconde,
Não silencia...
Amigo verdadeiro guia!
Segura as mãos...
Na rota do destino, creio!
O amigo verdadeiro anda, de mãos dadas
Com a tua solidão...
Eu abandono a casa!
A rua,
A xícara
A asa quente do chá...
Porque o amigo verdadeiro tolera, perdoa, ri, esquece...
Aquele que anda firme em terra,
Jamais estará sozinho...
Porque quem de fato ama,
Entrega o coração desfeito!
Sabe que amizade frágil, melhor deixar partir...
Amigo verdadeiro é ninho,
É canto de sabiá,
Amizade sincera é lúcida!
Transborda, deixa cantar...
Amizade frágil quebra!
Trinca,
Dissolve,
Evapora...
Ignora!
Vai embora,
Não volta,
Nem veio pra ficar...

(Márcia Christina Lio Magalhães)


4 de jan. de 2012

Teu Silêncio

Anda, toma pelo caminho alguma pedra
Junta-a às folhas secas que tu guardas
No peito, no avesso da veia primeira
Esconde-a da luz...

Anda, caminha sobre silêncios
Recolha-se dos ventos, da chuva
Dos ancestrais...

Anda, descalço sobre a correnteza
Desce a ladeira da tristeza
Sem olhar para trás...

Tua dor é só tua!
Se por moldura seria
Pedaços, rabiscos, cristais...

Busca na lamparina acesa a última chama
Do sepulcro vil, mármore talhado
Sangue, incerteza, hora da estrela...

Desce ao lugar que a terra mente
Solta a pedra e as folhas, rente!
Ao abismo do peito inerte...

Joga, ao vento o que é do vento!
As folhas, a pedra, teu lamento
Mas guarda no mundo teu silêncio
Rocha de poesia a lapidar...

(Márcia Christina Lio Magalhães)


Poema do Livro: O Indiscutível Talento das Escritoras Brasileiras
Versão em Português e Francês. 1º Ed. 2011 - Vol II