Quem sou eu

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São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

19 de dez. de 2011

Soneto de Natal

Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, -
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,


Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.


Escolheu o soneto… A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.


E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”


(Machado de Assis)


**A todos os amigos e seguidores do Blog, desejo um Natal de paz, amor, alegria, fraternidade, união, perdão, harmonia e fé! 
Que 2012 seja Mágico!!** M.C.L.M



13 de dez. de 2011

"Perder a vida para o bem do esquecimento
É ganhar eternidades..."

(Márcia Christina Lio Magalhães)
in Fragmentos

8 de dez. de 2011

"Em verdade,
Nem só de solidão há de viver o poeta
Mas de toda a saudade,
Que cabe na palma das mãos..."

(Márcia Christina Lio Magalhães)

 in Fragmentos

28 de nov. de 2011

Meu Lugar...

Clique na imagem p/ melhor visualização.

20 de nov. de 2011

Diálogos

Por que só aos anjos é dado poder
de suportar em silêncio a ausência?

Por que a solidão aos mortais é privilégio?
Porque a fogueira das indagações,
queima fiel nos dias que se passam...
Pois que arde a palavra dita e jamais tocada.
No calabouço dos dias as madrugadas são eternas!
Silêncio maior são as lágrimas no oculto.
Há de resistirem-se flores ao tempo?
Pela vidraça as estrelas choram,
Pois que o verso vaga no deserto das incompreensões...
Por sobre a mesa a pena intacta!
Escreve o destino com o carvão da dor...
Até o tolo coração um dia vai embora,
Veste-se de sombra, 
Rocha e abismo!
Guia-se pelo céu, mas é na terra que repousa os pés,
Seu olhar é água cristalina,
No mar de sal das decepções...
Asas te concedo Homero de Ilíada!
Páginas da existência a pena há de escrever...


(Márcia Cristina Lio Magalhães * Re-editado)
Poema do Livro Poetar é Preciso

14 de nov. de 2011

"Não quero a eternidade insensata
Quero a lucidez do instante que passa..."

(M.C.L.M)

7 de nov. de 2011

Carta, A Quem Interessar Possa!

Dia desses estava conversando com um amigo, Escritor renomado, mas de outro tipo de Literatura, em verdade, Livros Para-Didáticos, e o mesmo me questionou sobre divulgação...
Confesso que eu pensava, estar sozinha com relação à minha opinião sobre divulgação de Poesia no âmbito geral.

Em minha infância mesmo, nunca tive de nenhum professor em sala de aula, incentivo à leitura de nada relativo à isto! O que líamos era tão somente livros de história do Brasil, Geografia, e história geral, mundial. As poucas vezes que fomos incentivados a ler outro tipo de livro, lembro-me já na época do 2º grau, a obrigatoriedade em leitura de José Lins do Rego, José de Alencar, mas tudo por obrigação, não podia ter bons fluidos...

A sorte que eu, sendo filha de pai Professor e mãe Contabilista, fui incentivada desde tenra idade, bem como, todos os meus irmãos, a ler todo o tipo de livro que se possa imaginar...
Comecei com O Meu Pé de Laranja Lima, que meu pai insistia para que eu terminasse logo, para começar outros, como os Romances de Victor Hugo, as Peças de Shakespeare, a filosofia de Platão, Sêneca, Sócrates, e tantos outros que na época, eu bem para falar a verdade, não entendia muito, já que não havia completado nem os 13 anos, e já havia lido, livros de gente grande.

Passados mais de 20 anos, continuo a notar a pouca boa vontade de quem deveria e tem poder para isso, incentivar a leitura de poesia na infância... Nem nas escolas estaduais, tão pouco nas particulares vejo isso acontecer...
Em verdade, sei que há raras exceções, pois tem Professor Super Herói que sozinho e isoladamente, em sala de aula, brinda os pequeninos com a boa literatura poética...

Ainda assim, nesta mesma prosa com meu amigo Escritor, falamos da Mídia atual, que propaga tanta coisa inútil, seja na televisão, no rádio, ou no cinema...
Não se vê por exemplo, uma TV comparecer num Evento de Lançamento de um Novo Escritor de Poemas, tão pouco faz-se propaganda para divulgar, ainda que timidamente o Evento...
Incrível é que o pouco que se ouve falar em poesia, dão mais crédito ao Poeta morto, do que quando o mesmo era vivo... Sei de tantos ótimos Poetas (que não mencionarei o nome) em respeito à sua memória e a sua família, que em vida, não teve os louros do sucesso, nem o aplauso dos ditos "Críticos Literários"... Mas basta-se o morto ser enterrado para virar Mito!

Em verdade meus amigos, minha voz é pequena, diante da grandeza do poder alheio.
Esta carta é só um desabafo, de uma Escritora solitária, que escreve desde os 09 anos, mas que nunca teve incentivo financeiro de nenhum tipo, nem de Editoras, nem de Agentes Literários, nem da poderosa e fria Mídia!

O que gostaria, é que todos tivessem bom senso, e que em posse de nossa VOZ, essa íntima e poderosa, não nos calemos, quando somos bombardeados por tantas notícias deploráveis e por tantas mídias descartáveis, que muitas vezes são o lixo do lixo e que de fato, podemos trocar de canal, não comprar a Revista ou o Jornal, mas lembremos que as crianças, essas formadoras de opinião do futuro, tem olhos e ouvidos muito abertos, e lêem e assistem coisas, sem o discernimento da maturidade, mas com a inteligência e perspicácia únicas, que lhes formarão a síntese de suas escolhas e de seu caráter na posteridade...

Um brinde à poesia, ainda que em goles mínimos, insisto em beber deste néctar... E vos ofereço sempre, através de meus livros... Tim Tim mundo! Eu vivo!

(Crônica de: Márcia Cristina Lio Magalhães)

28 de set. de 2011

Do Que São Feitos Os Sonhos

De ecos, sons
Imagens, promessas
De velas, de sol
De éter, de prata...

De rosas caídas
Folhas secas
Ventania
Telhados de vidro
Olhar de beija-flor...

Os sonhos são feitos de amor!
Eterno deserto
Cilada, trapaça
Pegadas que-o-tempo vai cobrir...

Tolices, meiguices,
Sorrisos, abraços
De um laço, um traço,
Que a pena há de extinguir...

No chão caem estrelas
Murmúrios, silêncio
Suspiros, tormentos
Da mágica poesia...

Que a flecha intrigueira
Traiçoeira, num dia
Feriu, golpeou!

Águias sem norte
Rochedos de Almadêm
Amplexos vagos
Abismo de palavras
Versos, lágrimas
Os sonhos são de ninguém...

(Márcia Cristina Lio Magalhães)
Poema do Livro: Poetar é Preciso

11 de set. de 2011

O Mar Intacto - Ferreira Gullar

           Ontem, 10 de Setembro, numa tranquila tarde em Livraria, fazendo o que mais gosto, entre Quintana, Cecília, Hilda Hilst e Ferreira Gullar, dedilhando páginas para escolher "quem levar", decidi por Quintana in Afrontamento de História Sobrenatural e Gullar in Toda Poesia. Chegando em casa, deparei-me com isso: Ferreira Gullar, nasceu em São Luis do Maranhão a 10 de Setembro de 1930 - Só aí percebi que, eu, que não acredito em coincidências, tomei posse de seu Livro no dia em que o Autor faz Aniversário, e o presente, quem recebeu fui eu...
Yo no creo en las coincidencias, pero existen, hay ah.
  

 "Não te aconselho o amor.
O amor é fácil e triste. 
Não se ama no amor, senão o seu próximo findar.
Eis o que somos:
O nosso tédio de ser.

Despreza o mar acessível
que nas praias se entrega, e
o das galeras de susto; despreza o mar que amas,
e só assim terás
o exato e inviolável mar autêntico!

O girassol
vê com assombro
que só a sua precariedade floresce. 
Mas esse assombro
é que é ele, em verdade.

Saber-se
fonte única de si
alucina.

Sublime, pois, seria
suicidar-nos:
trairmos a nossa morte
para num sol que jamais somos
nos consumirmos."

(Trechos do Poema)

18 de ago. de 2011

Desafio


Há alguns dias atrás, a querida amiga Andy do http://andy-luaprateada.blogspot.com/ fez-me um Convite muito especial, em participar de uma Desafio. Aceitei de imediato, mas confesso que demorei um pouco a vir postar no blog, por conta de pensar em tantos livros que já li, em momentos únicos, que às vezes falham-me a memória...
Ler é uma prece! Um silêncio único, um desafio verdadeiro, em que nós nos colocamos deliberadamente, muitas vezes em busca de algo que nos surpreenda, tirando-nos do mundo "real", para que através das palavras, os sonhos tornem-se realidade, as divagações carnais, e as certezas, vento e maresia... 

Eis um pouco do que passou por mim e cabe na palma das mãos, e o coração guarda...

1 - Existe um livro que relerias várias vezes?
Sim, vários!! 
2 - Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?
Os Irmãos Karamázov de Dostoiévski, já comecei a ler inúmeras vezes e nunca terminei...
3 - Se escolhesses um livro para ler no resto da tua vida, qual seria?
Um livro que li na adolescência Zadig, Ou o Destino de Voltaire.
4 - Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?
Ensaio Sobre a Cegueira de José Saramago.
5 - Que livro leste cuja «cena final» jamais conseguiste esquecer?
Creio que todos os livros tem suas sutilidades, começo, meio e fim, há de marcar-nos em algum momento.
6 - Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual o tipo de leitura?
Meu saudoso e querido pai, desde a infância, me dava livros de diversos assuntos, desde filosofia, Platão, Sócrates, Sêneca à Shakespeare, Victor Hugo... O primeiro livro que me lembro foi O Meu Pé de Laranja Lima, não recordo o Autor. Daí meu gosto pela leitura desde a meninice...
7 - Qual o livro que achaste chato, mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?
Acho que nenhum, se o livro não me prender, deixo-o.
8 - Indica alguns dos teus livros/Autores preferidos.

Abgar Renault
Mario Quintana
Gibran Kahlil Gibran
Cecília Meireles
Florbela Espanca
Carlos Drummond de Andrade
Fernando Pessoa
Victor Hugo

Cartas a um Jovem Poeta (Rainer Maria Rilke)
Ilíada e Odisséia (Homero)
Antologia Poética (Mario Quintana)
Ulisses (James Joyce)
A Divina Comédia (Dante Alighieri)
Sonetos (Shakespeare)
Água Viva (Clarice Lispector)
Cem Dias Entre Céu e Mar (Amyr Klink)
Creio que um dia todos devam ler OG MANDINO, não tem como não sentir uma injeção de ânimo com seus escritos...
O Maior Vendedor do Mundo (OG Mandino)
O Maior Mistério do Mundo ( OG Mandino)

9 – Que livros estás a ler?
Estou relendo Cartas a um Jovem Poeta ( Rainer Maria Rilke)

10 - Indica 10 amigos para responderem a este inquérito.

Meu amigo J. Universo, Blog do Universo
http://juniverso.blogspot.com/
Meu amigo Joe, Stormy Wheather
http://joe-ant.blogspot.com/
A querida amiga Rosana Souza, Asas da Liberdade
http://rosanasouzanasasasdoanjoazul.blogspot.com/
O portuga amigo Vasco, Da Cor do Índico
http://dacordoindico.blogspot.com/
A amiga Lídia, Gavetas da Lídia
O amigo Assis, Mil e Um Poemas
http://mileumpoemas.blogspot.com/
A amiga Zélia, Ad Litteram Zélia
O amigo Santa Cruz, As Vozes da Minha Alma
http://asvozesdaminhaalma.blogspot.com/

*São muitos Blogs especiais que conheço, perdão por não poder indicar a todos, mas convido meus "Seguidores" de Blog e Visitantes, para interagir entre si. Trocar experiências no mundo da Blogosfera em prol da Literatura, não tem preço! Carinhoso abraço a todos! Márcia

9 de ago. de 2011

O Tempo



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Link: http://youtu.be/G7zZtu_6SI8

2 de ago. de 2011

Carta Ao Homem Solitário - (Trechos)


Caro senhor, eis-me aqui para dizer, sem prosa ou consentimento, que a tristeza é irmã do vento, ora silencioso, ora assustador...
Saiba, nos caminhos que tu queiras estar, jamais estarás sozinho!
É de fato que sabeis, nem sempre os seres estão prontos a nos ouvir falar de nós;
Em verdade, as pessoas são peregrinas, sempre em busca de realizar coisas, nem sempre nos dão ouvidos.
A solidão, companheira fiel esta, levanta com o sol, e apenas repousa quando os olhos fecham...
Sabeis tu, procurai nos recônditos mais distantes, as respostas das muitas perguntas do teu velho coração.
As manhãs, bailarinas sorridentes a brincar com sois, faróis de imensidão a olhar por nós...
Veja senhor, para cada folha que cai há uma sombra, uma terra, um acento, um repouso... Um leito, ainda que o último! Há um lugar que lhe permite descansar os pés...
Na vida, feridas estão sempre abertas, janelas e portas precisam de arestas, a passar por nós...
Certezas, são estrelas a brilhar no céu...
Entre o véu da melancolia, há notas desenhadas na partitura da vida.
Seja tu, o maestro! Afine o violino da saudade, esqueça o tambor da vaidade...
Faz do destino, teu palco de vitória!

(Márcia Cristina Lio Magalhães - Livro Poetar)
Trechos de: Carta Ao Homem Solitário

25 de jul. de 2011

Amy Winehouse - Uma Rosa Para Amy

"Para o tempo!
No silêncio das horas...
A terra chora
O céu sorri,
Nasce uma estrela..."

(M.C.L.M)


20 de jul. de 2011

Acorda, Vem Olhar a Lua...

"Neste mundo de sonhos
Onde a vida é mais sonhada que vivida;
Há de haver em algum caminho de certo
Pegadas invisíveis...
Como gritos parados no ar...
Quem tiver ouvidos, ouça!
Quem não tiver coração,
Que se cale..."

(Márcia Cristina Lio Magalhães)
Livro: Poetar

18 de jul. de 2011

"‎Entre duas rosas, há segredos invioláveis..."

(Márcia Cristina Lio Magalhães)

1 de jul. de 2011

Vencedora do III Prêmio Literário Canon de Poesia 2010 - Poema Folha


Agradeço à Canon do Brasil e ao júri que escolheu meu poema vencedor "Folha", pela publicação neste primoroso Livro de Poesias o qual recebi com extrema felicidade! Parabenizo também aos demais Escritores Vencedores, pois ser escolhido e premiado entre mais de 3.000 participantes é uma grande realização. O que me incentiva ainda mais a continuar escrever. Incentivos como este da empresa Canon do Brasil, poderiam e deveriam ser exemplo, pois, infelizmente há ainda pouca ajuda e ou suporte das grandes mídias e empresas de diversos segmentos à cultura e à literatura de novos escritores...
Obrigada a todos que participaram direta e indiretamente para que este Projeto pudesse ser realizado. Sinto-me honrada em fazer parte desde livro.


Márcia Cristina Lio Magalhães
Poema Folha - Página 57 e 58



Eu sou a folha que cai
Sobre a neve fria das incompreensões.
O verso das canções serenas,
A morte que chega aos corações...

A margem,
A proa,
O barco
Sou parte das pedras, cristais...

O sangue que chora
A morte...
Sou avenidas, faróis
Reflexos
Sou o asfalto,
O negro inverso!

O vento,
A brisa,
Sou as manhãs,
A música,
A nota,
A dor dos corações...

Os olhos
Os sorrisos
Das crianças, as interrogações...

As gotas de chuva
O grito da terra seca
O inverno
O outono
A primavera eterna!

Sou areia,
Deserto,
Sou o livro sobre a mesa...

A página ao acaso,
Sou ponto,
Da vírgula, tristeza...

7 de jun. de 2011

POETAR É PRECISO

Recebo muitos e-mails pedindo meu Livro Poetar é Preciso, a cota de doações para Instituições de Ensino em 2011 já foi finalizada. Para quem deseja adquirir o Livro ou quer presentear, peço que envie um e-mail para mktpoetarepreciso@yahoo.com.br - O Livro será enviado via Correios para qualquer lugar do Brasil e Exterior, Autografado.
Um abraço a todos... Márcia

23 de mai. de 2011

“Há silêncios que rasgam
Há feridas que cicatrizam
Há palavras que morrem e ressuscitam!”

(Márcia Cristina Lio Magalhães)

18 de mai. de 2011

Poema Canção




“Olha, tece tão imensa a corda dos bordados
Que outrora vestiriam o manto das lembranças
Vê, fazei da janela colo da espera de uma guerra santa!
Vão os cidadãos em meio à construção do tempo de heróis
Beco sem saída, toda madrugada grita ao som dos girassóis...
Abraçai o dia, aclamai a vida que a seus pés levanta
Olha, vão os passarinhos, pousam em seu ninho de emoções
Eu cantei...
Chorei ao ver você partir
Pude acreditar e ouvi você chamar por mim
Pois que todo verso é santo, tolo, seresteiro...
Eis que de repente em meio à névoa ele se achega
Toca na cortina e abrace o vento que lhe beija
Poema canção de amor eterno ao verso, incerto, derradeiro...
Já amanheceu...
Mar calmo, céu que aprisionou a dor...
Contempla, pois os corações
O silêncio que há entre duas rosas
Na eternidade dos sonhos...”
(Márcia Cristina Lio Magalhães - Poema do Livro Poetar é Preciso) Re-editado.

13 de mai. de 2011

26 de abr. de 2011

"O amor...
A chave que abre qualquer porta
Até a dos corações desalmados..."

(Márcia Cristina Lio Magalhães)


6 de abr. de 2011

Amo-te

Amo-te por cada gesto
Pelo colo que me abriga
Pelo silêncio que ocupa a vida
Que preenche o meu vazio

Amo-te
Pela saudade que me causara
Pelo adeus que jamais separa
Aquele beijo em meu rosto frio

Amo-te
Por cada lágrima enfim perdida
Na noite vaga da despedida
Sob os olhares da solidão

Amo-te
Sem pedir nada
Sem nenhum receio
Amo-te hoje
Amanhã, pra sempre!
Porque sem ti
Tudo é passageiro...

Amo-te
Calma e desesperada
Amo-te só ou acompanhada
E nos teus braços sempre me perco

Amo-te
E te prometo fidelidade
Porque és tu
Minha outra metade
Na dança calma da solitude

Amo-te
Porque és sol
Vento, tempestade
Tu és deserto, água cristalina
És fogo ardente
Da minha inquietude...

Amo-te
Tão ferozmente
E avassaladora
Que entre céus
Sou-te protetora
Da face amarga das ilusões

Amo-te
No mar sem porto do coração
No risco eminente de um vulcão
Nesta página branca acolhedora

Amo-te
Um amor calmo e silencioso
Que em estrelas faz acender
No céu por vezes desconfiado
Vivo por ti
Pra me compreender...

Na funesta noite
Hão de cerrar meus olhos
Em sono eterno
Hei de amar-te
Mágica poesia
Até que me beije a morte...

(Poema do Livro Poetar é Preciso - M.C.L.M)

10 de mar. de 2011

Espírito Motociclístico

Desde adolescente ouço esse tema, lema como queiram...
Mas como definir?

Piloto motos há “quase” 20 anos, é verdade, já sou uma balzaquiana...
Nessa longa estrada e porque não dizer aventura, deparei-me com gente de toda a espécie, motoqueiro, monstro-queiro, motociclista, moto-turista, motoboy, não importa o adjetivo para denominar o amor que se tem pelas duas rodas, esse é igual para todos, ao menos era o que eu pensava até pouco tempo atrás, mas as opiniões mudam...

Antigamente as motos tinham baixa cilindrada, não havia moto grande importada, e ter uma 125 cc já era fato de orgulho, para o dono.
Lembro-me que na época da inexistência de Lei que obrigasse o motociclista fazer uso do capacete, paráva-mos no farol e com um gesto simples, mas peculiar, cumprimentávamos uns aos outros com um balançar de cabeça humilde, e quando na rua, ao cruzar com outra moto, tínhamos o hábito de buzinar e inclinar a cabeça fazendo um cumprimento que era quase um aperto de mão...

De lá para cá muita coisa mudou, vieram as motos maiores, 350, 450, 600, 900, RR, R1, ZX, 1200 e com elas, novos proprietários de motocicletas e novas visões de mundo.
Criaram-se Sites, Blogs, Irmandades, Moto Clubes, Fóruns, e foram então se dividindo os “donos” de motos pelo poder do cifrão...
Aos poucos o Espírito Motociclístico foi sendo esquecido, dando lugar aos interesses individuais...
Sem querer generalizar, acredito que ainda persiste nos corações daqueles que de fato amam o motociclismo como um Ideal, não só de aventura mas de liberdade!

Todavia o espírito Motociclístico, aquele que se tinha antigamente, de amizade, companheirismo, família, fraternidade, confraternização, foi perdendo terreno nos corações de alguns...
Pois é, conheci muita gente boa nesse meio, gente que como eu respeita e é respeitado, não pela sua cor, conta bancária, estado civil, religião, nem pelo tamanho da cilindrada da moto, tão pouco por outros interesses menos nobres...
Mas as coisas nem sempre são como esperamos que devam ser, justas!

Percebo que tem gente que anda de moto, viaja junto, senta no boteco pra beber junto, joga conversa fora, conta piada, brinca, participa de fóruns, moto clubes, mas na verdade NÃO SÃO MOTOCICLISTAS! Apenas andam de moto...
Existe uma diferença grande em ser motociclista e em apenas andar de moto.
Até mesmo alguém que de repente está sem moto momentaneamente por alguma situação temporária é mais motociclista que muitos que se dizem por aí sendo um! 

O Espírito Motociclístico não tem alter-ego! Não é orgulhoso, melindrado...
Tem gente que senta na moto, sai por aí empinando bandeiras, mas na verdade, sequer sabe o que de fato é ser um MOTOCICLISTA!
Tem gente que só anda de moto, e andar de moto não é ser Motociclista! Andar de moto, qualquer um anda! Agora ter o espírito de amizade, fraternidade, honestidade, idoneidade, companheirismo, respeito, isso é privilégio de poucos...

Eu aprendi e aprendo todo dia, que é melhor fazer papel de tolo do que fazer papel de esperto! Já dizia meu velho e sabido pai: 
“A esperteza quando é muita, vem e come o dono!”

E assim é com as amizades, tem gente que não sabe valorizar uma amizade sincera, possivelmente até pode subjugá-la ingênua, mas na verdade, esses que assim se comportam, são aqueles que só sabem andar de moto... Não são de fato MOTOCICLISTAS!
Tão pouco sabem diferenciar o quê de como, e se questionados sobre isso, provavelmente vão tergiversar!
Espírito Motociclístico para eles é tão somente ter moto e acelerar, pena que em verdade, não sairão do lugar comum...

(Crônica de Márcia Cristina Lio Magalhães)

1 de mar. de 2011

Velho Professor - O Destino

Contigo aprendi que as verdades são passageiras e tudo dura o instante de um olhar...
Compreendi, que os barcos passam invisíveis na rota dos sonhos, daqueles que já não sabem mais sorrir...
Fiz-me rio de correnteza amena, para lançar barcos que flutuam a mercê do tempo...
Vozes esquecidas numa página qualquer de caderneta antiga, manchada de dedos calejados por incertezas...
Contigo aprendi que os sonhos platônicos são mais reais que o fogo incandescente de um vulcão anônimo!
Notei que tua boca fala alto demais e que teu coração mente com sorriso nos lábios.
És mais ave de cemitério que pomba de mural de um solo santo!
Cantas como que tentando cativar olhos singelos, finge-se poeta para esconder tolos mistérios...
Fútil ilusão, insana demência...
Acorda! Vês que os teus passos seguirão velhos numa estrada esquecida de qualquer cidadezinha do interior?
Cantavas como o rei, num reinado solitário e vago...
Condenado a colher migalhas como pombos de praça ao meio dia, sem asas...
Trazer a ferro e fogo a dor de alguém que despertou amor, rasgar a página escrita com a sede das verdades...
Picar papel, pena e verso!
Lançar à fogueira das vaidades, parece-me coisa de principiante...
Viver sem correr riscos é o mesmo que sentar na estação, esperar o trem por toda a tarde e não entrar no vagão...

(Márcia Cristina Lio Magalhães - Crônica Publicada no Jornal O Povo/2010)

17 de fev. de 2011

26 de jan. de 2011

Pensamentos (II)

‎"A amizade verdadeira é fácil de identificar:
O amigo não só está ao seu lado nas horas difíceis,
bem como suporta a tua felicidade e o teu sucesso..."


(Márcia Cristina Lio Magalhães)

14 de jan. de 2011

Olhos Peregrinos

Pousar no teu coração deixa-me...
Colher da tua solidão, cede!
Abri o teu coração!
Pedi passagem pra vida, que ora inspira, ora é só imensidão, silêncio...
Ver-te nas estradas do destino, 
Pés sobre um chão de indecisão, olhos peregrinos...
Mata-me a dor dos que não tem perdão, pois que bebem lágrimas eternas!
Ilusão apodera-se de corações vazios...
Abri as janelas do peito, respira o ar de felicidade do vento,
Vê que as feridas cicatrizam-se com o tempo!
A morte é só um sonho da alma que há de acordar em algum lugar...
O tempo dos homens não é igual ao tempo dos anjos!
É preciso morrer na dor, para nascer no amor.
O medo é o sabotador da alegria,
A dúvida, o carrasco da fé!
O dia em que o homem se conscientizar,
Que até um grão de areia tem suas verdades,
Vai acordar do sono e da ilusão...
E entender que esse mundo é só uma cidade,
E que estamos todos de passagem...


(Márcia Cristina Lio Magalhães)

13 de jan. de 2011

Pensamentos (I)

"Não sou de falar muito, mais escrevo do que resmungo.
Irrito-me com certa facilidade e não guardo mágoas,
elas são como o vento.
Só não espere de mim perdão imediato,
isso leva tempo..."

(Márcia Cristina Lio Magalhães)