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São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

9 de dez. de 2015

Cálice de Esperança

Há que se saber um dia
Decifrar o silêncio do verso
O amargo dos brancos espinhos
Da claridade noturna do abismo véu...

Feito sombras a tecer a teia
Pelo corpo adentro
Das feridas estancadas pela água plural...

Há que se saber ao certo
Em que tom foi pintado o verso
Na pele rubra e pálida da melancolia...

Há que se saber em tempo
Em que lua o pouco vento assombra ao norte
O peito inerte ao som da morte
A espreitar o céu...

Há que se saber um dia
Que o renovado horizonte abre tuas asas
E abraça as manhãs e faz parar o sol...

E na vastidão das horas
Segredos revelados à sombra dos afetos
Por manhãs que nos espreitam
Por secretos olhos a nos vigiar...

Há que se saber um dia
Que o sino do tempo hora clama
Que o verso por provisório peito ama
O verbo que acorda em solidão...

Então,
Haveremos de escrever no livro
Manuscrito santo
Estrela, seta, rota
E por luz a poesia...

Improvisada, meiga,
Cálice de esperança!

Uma porta aberta
Uma lâmpada!
Uma asa na palma das mãos...

-Márcia Christina Lio Magalhães-
Poema do Livro: A Pele Que Habito