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São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

27 de mar. de 2009

Diálogos - Romeo & Juliet

ROMEU - (a Julieta) - Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio,
peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.
JULIETA - Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos
pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.
ROMEU - Os santos e os devotos não têm boca?
JULIETA - Sim, peregrino, só para orações.
ROMEU - Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.
JULIETA - Sem se mexer, o santo exalça o voto.
ROMEU - Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.
(Beija-a.)
JULIETA - Que passaram, assim, para meus lábios.
ROMEU - Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolve-mos.
JULIETA - Beijais tal qual os sábios.


(Shakespeare)

2 comentários:

  1. Com certeza o final de semana será dedicado a releituras de Shakespeare, depois de ler essas pérolas que você nos brindou!
    Beijo.

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  2. "Tu só, tu, puro Amor, com força crua,
    Que os corações humanos tanto obriga,
    Deste causa à molesta morte sua,
    Como se fora pérfida inimiga.
    Se dizem, fero Amor, que a sede tua
    Nem com lágrimas tristes se mitiga,
    É porque queres, áspero e tirano,
    Tuas aras banhar em sangue humano."
    "Os Lusíadas", de Luís de Camões, Canto III - ep. D.ª Inês de Castro

    É esta a mais linda história de Amor alguma vez escrita e contada. Uma vez mais, e de novo - tal como no trecho de Shakespeare que citas -, por que razão o Amor tem de ser a força antitética que, para fazer bem, tem de fazer mal? Por que motivo o Amor tantas vezes (para não dizer "invariavelmente") surge conotado com "pecado", "culpa" ou "dor"? Porquê?...

    Beijinho!

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