Foto: M.C.L.M
Do tempo
Sou o vão das horas espaças entre um ponteiro e outro
Da margem do rio que leva em pedras
Rochas pequenas apavoradas d’onde hão de ir...
Da gaivota que sobrevoa oceanos
Sou asa quebrantada pairando no ar
Das flores que borboletas silenciosas teimam beijar...
Sou o pólen que flutua cintilante na aurora das manhãs
Rosa caída, esquecida no espaço laço de algum divã...
Sou deserto, perto longe dos incertos devaneios
Da boemia solta pelos dias das noites do teu coração
Sou imensidão...
Sou verdades das mentiras flechas do arqueador
Das palavras sou a vírgula exata que você amou...
Das montanhas sou a curva íngreme dos teus beijos
E invejosas as estrelas miram meus desejos...
Também fui mar
Arpoador...
Fui areia melindrosa e cheia de receios
Fértil terra, lua mansa sem rodeios
Hoje sou grão, pó de sentimentos
Simples cidadão
Perdido, nas ruas do vento...
(Márcia Christina Lio Magalhães)
Poema do Livro: Poetar é Preciso
Me chamo Daniela, sou de Fortaleza. Ganhei seu livro de presente e adorei!!
ResponderExcluirSeu blog tbm é super massa!!
bjs
Dani
Seja muito bem vinda Daniela!! Volte mais vezes...
ResponderExcluirBjo...