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São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

25 de fev. de 2010

Coração à deriva...

Que diria eu do amor?
Que nas manhãs de Setembro, desabrocham flores de um ipê centenário, que cede os galhos aos passarinhos, que fazem ninhos e dão sentido a vida...
Ah vida!
__vida que se esvai por entre dedos calejados de esperar por instantes de cristal...
Que amor é este, que prega peças, que brinca com meu coração como se ele fosse de corda, papel, cola, que ora é uma pipa a flutuar pelo ar à procura do Norte que nunca vem...
Tolo coração menino, que brinca com bolinhas de gude e não tem pressa de crescer, amadurecer...
Sábio coração, que finge seguir a razão, mas sabe que no íntimo é só sentimento!
Coração criança, espera no portão, interroga o céu, planeja momentos que nunca chegam...
Coração sem porto, deserto, náufrago de ilusões...
Mas o que serias tu, se este coração poeta, ator de cenas intensas, sinceras, não fosse ousado o suficiente, para expor os atos no palco da vida, sem máscaras, sem roteiro, sem plateia.
Vaga coração errante, não deixes de procurar o amor...
Vasculha os armários, as gavetas, olha por debaixo da cama, abre a janela, espera, brinda com a vida a taça que transborda...
Velho coração, que ora é alegria, imensidão, ora é abismo...
Navega! Enfrenta a fúria do mar sem velas, sem bússola, sem remo...
Arrisca! Faz essa viagem sem pressa, compra o bilhete só de ida, embarca...
Ouve os passarinhos, eles também são amantes, podem trazer-te notícias,
ou ao menos pistas daquele que tu só possuis em sonhos...


(Márcia Cristina Lio Magalhães - Março/2009)

3 comentários:

  1. "Queen of all the me, Radiant Light,
    life-giving woman..."...!?..."poetar...é preciso...viver...não é preciso?!...salut!

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  2. Márcia querida, foi muito bom ter lido essa poesia!Além de demonstrar a sua extrema sensibilidade que, por sinal permeia toda a sua obra, nos faz pensar: será que um dia acharemos o nosso norte? E será preciso!
    Beijo!

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  3. vim agradecer sua visita e o comentário pertinente sobre o nefasto Fernando Collor...volte sempre...bj

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Olá, fico feliz que estejas aqui! Agradeço por deixar um aceno, uma palavra, um pontinho que seja da tua opinião.
Faz deste cantinho teu também e volta, sempre! Deixo um beijo, com sorriso... Márcia Magalhães