Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
A poesia é água cristalina, sacia a sede, alimenta o espírito. Já não posso mais dizer se ela quem me habita ou o contrário. Como explicar sobre? A escrita é uma lâmina afiada, um vulcão, ou apenas ilha de águas mornas, banha pés descalços... Nunca quis definir a poesia, melhor esquecer-se das explicações. Escrever passou a ser janela exposta, que por hora, mantêm-se aberta ao mundo de quem lê. *** Mineira/Paulistana/ Poeta, Escritora, Administradora de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial. Laureada com o III Prêmio Canon de Literatura e Poesia em 2010. Márcia Christina Lio Magalhães é Sócia-Fundadora da Academia de Letras Juvenal Galeno, onde ocupa a Cadeira nº 10. Diretora de Relações Culturais da ALJUG. Membro da ACE - Associação Cearense de Escritores. Este Blog é dedicado a todos os amantes da poesia e que possamos através dela, unir horizontes, atravessar oceanos, iluminar os corações, alegrar os solitários, apaziguar a alma, multiplicar as amizades, eternizar as emoções. Sejam bem vindos!*** Livros Publicados: POETAR É PRECISO - 1° edição 2010 ** A PELE QUE HABITO - 1° edição 2013.

12 de mar. de 2010

Imagem: Vito Coppola

Acolha-me como se fosse o último gesto em meio a parede de gelo que nos separa a alma. Voa comigo sobre o abismo do passado, veste de luz o farol da dor. Queima a ferida com o fogo das paixões inexplicáveis. Deixa que a voz beije o teu coração, pois que as palavras não sabem morrer...
Ama-me como as águas de um riacho. Quebre o laço do passarinheiro, colhe as ondas do meu mar... Anda sobre as rochas como se fossem pétalas, esmaga em folhas secas as tuas lágrimas. Deixa partir as sombras, quebre a taça, deixe os cacos... Porque o que se procura há de já estar, e o que se tem já não se possui. Pois que para o amor, basta apenas sol, água viva, pegadas na areia, ceia e paz...

(Márcia Cristina Lio Magalhães)

3 comentários:

  1. Márcia,
    Muita paz ao ler frases como "colhe as ondas do meu mar" e "anda sobre as rochas como se fossem pétalas" etc, num texto primoroso teu: vou ler-te de novo...

    Amplexo mineiro,
    Pedro Ramúcio.

    Ps. e o verificador de palavras pede que eu digite as letras mimede...

    ResponderExcluir
  2. Haverá maior homenagem à Poesia, neste dia 14 (em Portugal celebra-se a 21), que este teu poema, Márcia?
    Pois, mesmo sabendo que "o que se procura há de já estar, e o que se tem já não se possui", importa não esquecer que a Poesia é barco e tempestade, caminho e destino, flecha e alvo, vida... sem morte!

    Feliz Dia Nacional da Poesia!

    ResponderExcluir
  3. Caro Pedro, obrigada por tão gentis palavras...são por elas que ainda "teimo" em escrever...

    Jorge meu caro, ando numa correria plena que não me dei conta da data...Brindemos sempre a ela, não só neste dia...
    E ainda lhe digo que, através da poesia é possível adentrar os caminhos mais recôndidos onde habitam seres imaginários que vivem entre o céu e a terra, entre luz e sombra, entre o possível e o impossível, desta vida que é mais sonhada que vivida...

    Fraterno abraço aos dois amigos queridos!!

    Márcia

    ResponderExcluir

Olá, fico feliz que estejas aqui! Agradeço por deixar um aceno, uma palavra, um pontinho que seja da tua opinião.
Faz deste cantinho teu também e volta, sempre! Deixo um beijo, com sorriso... Márcia Magalhães